quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Não posso me queixar de tudo. Minha vida é boa, sim boa.

Não passo fome nem frio, a não ser que eu me recuse a comer e a usar um agasalho.

Trabalho muito, diga-se de passagem, afinal de contas ser professor é difícil e ser educador então?! É quase missão impossível.

Mesmo assim não reclamo, faço o meu melhor sempre. Sem contar que me divirto no meu trabalho com meus alunos.

A questão é que, as vezes me deixo abater por um ostracismo que vem não sei de onde, que me agarra e me joga para o fundo do poço. que suga minha alegria, meus sorriso, a luz...

E a unica coisa que consigo fazer é dormir. Até pareço um urso hibernando (segundo minha mãe), fico completamente esgotada. Mas de onde vem essa onda avassaladora que me consome? Por que me persegue e me torna cativa?

Talvez seja apenas meu organismo dizendo "Precisamos de um descanso" ou "Passou do limite garota, hora de relaxar".

Já disse uma vez e volto a repetir "Tenho uma vida boa", não me falta amor - nem vindo da minha família quanto dos meus amigos (dos poucos mas reais), não me falta comida ou abrigo - pode faltar um pouco de dinheiro, mas a culpa não é minha se não pagam né?!

Tem outras vezes que essa onda vem bem de mansinho, devagar e quando menos espero me derruba, parece que a vontade ou a falta de vontade mais especificamente vem tomando conta de mim conforme me vejo sem opções.

Tenho que encarar a difícil e derradeira decisão da minha vida, "partir ou não partir".

Partir significa ir em busca de coisas novas e de sonhos, ficar significa abrir mão de tudo e me acomodar a uma situação que me sufoca e frusta. É muito frustante viver em um lugar onde nada acontece - e quando acontece é coisa muito ruim-.

Ok, alguns dirão que estou sendo drástica, mas não estou. A realidade da vida aqui na minha cidade está cada vez mais difícil e complicada.

Se ao menos houvesse algo que fizesse a diferença na balança, mas não há. Não há nenhuma outra opção ...

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